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Aplicação Responsável

Por Renata Baldo

A Dow AgroSciences, em parceria com a Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Botucatu, realizou neste mês de junho, o calendário de treinamentos 2016 do Programa de Aplicação Responsável em cidades do estado de São Paulo. Os municípios de Echaporã e Campos Novos Paulista foram os primeiros a receberem informações voltadas ao aprimoramento da aplicação de defensivos agrícolas em lavouras estabelecidas na região, tais como soja, milho e cana-de-açúcar.

O treinamento foi ministrado por Thalyson Medeiros de Santana e Saulo F. Gomes de Souza, ambos especialistas doutorandos da Unesp/FCA. O representante de vendas da Dow AgroSciences, José Antonio Palermo, também esteve empenhado na realização do evento, bem como representantes da Agro Ferrari, distribuidor da empresa na região. Os palestrantes focaram em informações e práticas relevantes para reduzir perdas e prejuízos no campo.

Thalyson falou sobre tecnologia de aplicação e cuidados técnicos a serem adotados pelo produtor ou aplicador visando reduzir a deriva no campo, bem como em atenção às condições climáticas ideais. Ele lembrou que, nas culturas de um modo geral, o pulverizador entra em uma mesma área muitas vezes mais que outros equipamentos agrícolas como plantadeiras e colhedeiras e, portanto, merece especial atenção.

Thalyson também deu instruções e passou um vídeo sobre o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O palestrante, Saulo, por sua vez, abordou sobre a calibragem dos bicos e sua importância na obtenção dos melhores resultados em uma aplicação de defensivo agrícola, já que a falta deste cuidado pode implicar em desperdício e prejuízo. “Quase sempre o produtor sabe bastante sobre tecnologia de aplicação, mas peca nas pequenas coisas que, no final das contas, poderá fazer diferença em sua margem de lucro”, observa.

Para Saulo, uma ponta que está errada, um filtro vencido, uma parte móvel desprotegida, podem trazer problemas futuros ao produtor. “Estamos falando em práticas e cuidados que podem garantir a segurança do aplicador e, ao mesmo tempo, levá-lo a obter maior eficiência em seu trabalho”, comenta o palestrante reforçando que “os defensivos químicos são caros e indispensáveis para se conseguir produzir, desta forma qualquer erro/ineficiência significa desperdício/prejuízo no final, inclusive ao meio ambiente”.

O engenheiro agrônomo, Guilherme Leonel Martins, gerente da filial Agro Ferrari de Ribeirão do Sul, esteve presente no treinamento de aplicação responsável realizado em Campos Novos Paulista e destacou a importância da correta regulagem do pulverizador, atentando aos bicos e adjuvantes utilizados no momento da calda, para se evitar a deriva. “O papel mais importante neste trabalho em parceria com a Dow AgroSciences é mostrar que a eficiência dos produtos químicos utilizados depende de uma pulverização adequada e que, de fato, os faça chegar ao alvo”, comenta.

 

DIFUSÃO DE TECNOLOGIA – Produtor de amendoim em Echaporã, José Carlos Canhada, cedeu sua propriedade para a realização do treinamento do Programa de Aplicação Responsável da Dow AgroSciences. Ele entende que, por mais que se tenha noção do assunto a ser tratado em eventos como este, há sempre informações novas a serem absorvidas. Para Canhada, o evento também é uma oportunidade de qualificação de pessoas eventualmente contratadas para aplicação de defensivos agrícolas.

No ponto de vista do produtor, no campo é preciso ter consciência do que se faz. “Muitas vezes nossos colaboradores não compreendem todos os cuidados que pedimos para ter numa aplicação, mas num evento como este passam a enxergar que cada detalhe exigido tem fundamento”, comenta o anfitrião lembrando ainda que “o que se perde na falta de manutenção e administração adequada do pulverizador representa mais do que o custo dele próprio durante o ano”.

Já no município de Campos Novos Paulista, o anfitrião do treinamento foi o produtor rural Ítalo Palharin. Ele também observa que o que num primeiro olhar é tratado como ineficiência do produto, pode ser uma ineficiência na aplicação, que não deve estar sendo realizada adequadamente. “Quando um aplicador realiza algo de diferente do recomendado o reflexo se dará no campo e nem sempre o produtor que delega este trabalho consegue transmitir todas as instruções necessária em relação à atividade pretendida”, observa.

Palharin observa ainda que um bico inapropriado ou mesmo um filtro ultrapassado contribuem para a aplicação de defensivos não dar certo. “Neste momento em que os agroquímicos têm aumentado de preço, um treinamento visando evitar os desperdícios é muito valido tanto para nós produtores, como para o aplicador”, opina o produtor anfitrião acrescentando que “o produtor contemporâneo tem que se profissionalizar se quiser manter-se na atividade e não tem como seguir sozinho, sem o apoio de especialistas em cada seguimento que compõe a atividade agrícola”.

Para Rafael Palharin, também produtor de Campos Novos Paulista, o treinamento foi de grande valia. Chamou sua atenção a maneira adequada de se utilizar o equipamento de segurança individual, tanto no momento de colocá-lo quanto de retirá-lo. Ele também achou interessante a coleta dos bicos para fazer a calibração com a ajuda do programa, facilitando a identificação de algum bico que eventualmente apresente problema. “Estes dois pontos do treinamento foram os mais interessantes para mim”, frisa.

Rafael entende que detalhes aparentemente pequenos como a substituição de um bico com defeito representa uma economia de defensivos que passarão por ele e na eficiência da própria aplicação. “Em tempos em que o custo de produção já está elevado, o lucro do produtor pode se perder em detalhes como este”, pondera o produtor elogiando a iniciativa da Dow AgroSciences em realizar treinamentos com profissionais gabaritados que agregam conhecimento ao produtor com vistas a baixar seu custo de produção.

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