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Dia Mundial da Alimentação: 16 de outubro – Pesquisador explica os benefícios dos fertilizantes na produção alimentícia

Falta de informação e preconceito resultam em terreno propício para o mito em torno do uso de fertilizantes na agricultura. Sejam minerais ou orgânicos, são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento das plantas: fornecem ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos. O uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.

Em breve análise histórica, o Dr. Alfredo Scheid Lopes, Professor Emérito da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e referência em fertilidade do solo, Pesquisador Emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e Consultor Técnico da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), informou que os fertilizantes utilizados antigamente eram majoritariamente orgânicos, empregando-se esterco de vaca e farinha de ossos moídos nos cultivos alimentícios; posteriormente, os produtores passaram a utilizar os fertilizantes de origem mineral, com grande impacto na produtividade das culturas.

“O reflexo dessa mudança é possível conferir nos números: atualmente, o preço da cesta básica é um terço menor do que em 1975, em valores corrigidos. Isso representa amplo benefício social, propiciando aos menos favorecidos e abonados financeiramente o acesso à alimentação mais condigna”,

ponderou o Dr. Alfredo.

De acordo com a ANDA, a quantidade de fertilizantes comercializada por área plantada, com as 16 principais culturas agrícolas, quase dobrou entre os anos de 1991 e 2015. Passou de 164 quilos por hectare para 337 quilos por hectare, com crescimento no consumo de NPK igual a 48,7%. O Brasil é o quarto maior mercado consumidor de fertilizantes do mundo, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos, tendo a maior taxa geométrica de crescimento anual de consumo entre estes quatro maiores mercados (Roquetti Filho, 2014). Tal fato reflete a importância dos investimentos em nutrientes para melhorias na fertilidade dos solos e para a segurança alimentar. Atualmente, o país é o 3º maior produtor agrícola do mundo.

“Já sabemos quais as quantidades ideais devemos empregar para obter produtividade mais econômica, rentável e sustentável, mas muitos ainda não empregam o manejo adequado – ainda precisamos difundir o uso eficiente dos fertilizantes, sobretudo na agricultura familiar e de subsistência – segmentos que utilizam menos tecnologia”,

aponta o pesquisador.

“Todavia, estamos avançando nesse caminho, de tal forma a colher mais”.

É neste cenário que foi criada uma iniciativa cuja missão é informar a sociedade a respeito da relevância dos fertilizantes para o aumento da qualidade e segurança da produção de alimentos: Nutrientes Para a Vida, coirmã da Nutrients For Life – consolidada em diversos países, como Estados Unidos, Canadá, México e Colômbia.

Para embasar o conteúdo que propaga, a iniciativa utiliza dados científicos que podem esclarecer o papel essencial desses compostos. Objetiva, ainda, desmistificar as falsas concepções criadas sobre o tema.

Conscientização
Com mais informações difundidas nos principais canais de comunicação de massa, o preconceito que cerca os fertilizantes será substituído pelo conhecimento real de sua importância e utilização.

“É preciso divulgar as vantagens de uma agricultura tecnificada – não só no sentido de baratear os alimentos mas também de preservação ambiental”,

diz o Dr. Alfredo.

O pesquisador evidencia, assim, o papel fundamental da Nutrientes Para a Vida neste movimento de conscientização da população.

“Será um processo longo, pois teremos que mudar um conceito que permanece muito forte no senso comum. Será necessária uma atuação forte junto às escolas, por exemplo, para retirar a série de inverdades que chegam às crianças por meio dos livros. Esta função que a Nutrientes Para a Vida assumirá não se refere apenas à divulgação da verdade, mas, principalmente, no desenvolvimento de material para o jovem que está começando a aprender a ler e tem o direito de receber uma mensagem correta”,

finalizou

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