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SAFRA VERÃO 2017/18 Produtor no Vale Paranapanema tem soja como foco

Concluída a colheita do milho safrinha, os olhos do produtor no Vale Paranapanema se voltam para a soja. As condições geográficas da região são propicias ao cultivo da oleaginosa em materiais convencionais, RR ou Intacta.

No verão a região quase não planta o milho que prefere localidades com maior altitude em relação ao nível do mar como as de Avaré-SP e de Ponta Grossa-PR.

O intervalo entre a colheita do milho safrinha e o plantio da soja é considerado o melhor momento para o controle de ervas daninha, bem como do controle da fertilidade com aplicações de calcário e gesso. A ideia é deixar o solo em perfeitas condições para receber o plantio. Daí para frente é preciso escolher com critério o cultivar, atentar para o estande, planejar a época para não incorrer em atraso.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Coopermota, José Roberto Gonçales Massud, a janela ideal para a soja na região vai de outubro até 10 de novembro, sendo que as lavouras plantadas tardiamente acabam sendo mais penalizadas em relação às doenças e os percevejos no final do ciclo. Além de aumentar o custo de produção, a necessidade de maior intervenção para controle de pragas e doenças pode representar também uma quebra de produtividade.

“A palavra de ordem neste momento é planejamento”,

comenta Massud.

Os produtores que, eventualmente, plantam antecipadamente, podem correr o risco de insucesso associado ao período de instabilidade do clima na virada da estação inverno para a estação primavera.

“Não é aconselhável o plantio em setembro uma vez que, neste período, ainda não temos bem definido fatores físico que podem se alterar diante de aquecimento ou um resfriamento do oceano pacífico”,

observa o agrônomo.

 

REFÚGIO

O engenheiro agrônomo aconselha neste momento de plantio da soja que o produtor use de bom senso em relação à área de refugio, uma vez que estará pagando por uma tecnologia que tende a desaparecer sem este cuidado. “O produtor não é obrigado a plantar uma área de refúgio, mas, se não o fizer dentro em breve estará pagando por uma tecnologia que não funciona”, pondera lembrando que a tecnologia é uma ferramenta importante na busca de maior produtividade e rentabilidade.

ANTRACNOSE

Esta doença se manifesta na grande maioria das culturas e, quando isso acontece, torna-se um problema sério. Segundo o agrônomo da Coopermota, o produtor tem que ter muita atenção porque a antracnose não se manifesta facilmente na lavoura, pelo contrário, vai crescendo desapercebida até encontrar uma condição climática favorável para estourar de uma vez.
Massud observa que o controle da antracnose no estagio inicial é fácil, mas torna-se difícil com o fechamento do ciclo. “Diferentemente da ferrugem que precisa de um tecido vivo para se proliferar, a antracnose vive no tecido morto, ou seja, nos restos culturais”, atenta. De acordo com o engenheiro agrônomo inicialmente a planta tem certa tolerância. Mas, já no estágio V4/V5 da planta é importante, olhando para o histórico da região e levando em conta a janela do plantio realizado, o produtor inicie uma aplicação pulverização com fungicida, com aspecto preventivo para esta e outras doenças.

ROTAÇÃO X CONSÓRCIO

A busca por maior equilíbrio da microfauna do solo é uma necessidade urgente aos produtores brasileiros. A monocultura gerou o desequilíbrio favorecendo pragas como os nematóides que, sempre existiram, mas antes eram naturalmente controlados não chegando a representar prejuízos às lavouras comerciais como hoje em dia. Para conseguir esse equilíbrio de volta, afirma Massud, será preciso tentar voltar à origem melhorando a matéria orgânica do solo por meio de rotação de cultura.

 

Para melhorar a matéria organiza do solo são validos os estercos orgânicos, tortas de filtro e de mamona. Também é recomendada a analise do solo para detectar se há uma ou mais espécies de nematóides presentes nele e o índice de infestação para, com base nestes resultados, fazer o consorcio de plantas que ajudará a controlar a praga e, conseqüentemente, melhorar a produtividade.

“Independentemente do preço da saca de soja voltar aos patamares do ano passado quando chegou a R$ 80,00 ou se manter na casa dos R$ 60,00, o produtor somente tem a ganhar quando alcança maiores produtividades”,

conclui.

 

 

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