Propriedade de “dona” Nila Gasperini Iacobacci, o Sítio Esperança no município de Pedrinhas Paulista possui, em concordância com a Lei Ambiental, 30 metros de matas ciliares. Há 22 anos, o filho de “dona” Nila, Eduardo Iacobacci, que é funcionário público no mesmo município, viu nesta área uma oportunidade de complementar sua renda familiar produzindo mel silvestre.
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No começo ele formou três colméias sem muita informação, mas, logo em seguida, decidiu participar de um curso de três dias para apicultores iniciantes na Casa da Agricultura no seu município. O curso, promovido pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI/SAA), lhe trouxe importantes informações técnicas para levar sua ideia adiante.
Aos poucos Iacobacci foi aumentando sua produção e melhorando sua estrutura. Um passo significativo foi dado ao adquirir uma centrífuga para extração de mel e roupas apropriadas para lidar com as colmeias, por meio de financiamento do Banco do Povo; outra instituição ligada ao governo do Estado.
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O funcionário público que se dedica a apicultura aos finais de semana, sempre com apoio da esposa Aparecida Irene e do filho Fabrizio, 32, conta atualmente com 20 colméias que lhe rendem uma produção média anual de 175 kg de mel. Iacobacci, garante que depois das colméias formadas e as ferramentas necessárias adquiridas, o trabalho com as abelhas em si é algo bem tranqüilo.
Segundo Iacobacci, a apicultura familiar que pratica não exige muitos cuidados, porém alguma regularidade em verificar as colméias e se alguma praga as ameaça. Se necessário ele atrai algum enxame de Apis mellifera, como são conhecidas as abelhas com ferrão que produzem o mel silvestre. As abelhas estocam o mel para o inverno e quando as melgueiras (parte superior ao ninho) se encontram cheias a coleta é feita, o que ocorre geralmente nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março.
Iacobacci, diz que não pretende aumentar suas colméias para não correr o risco de ataques de abelhas nas áreas agricultáveis, sendo uma das principais atividades o plantio de arroz na várzea. O mel recolhido das melgueiras é colocado em baldes que são levados para uma sala reservada, para sua extração e envase ainda no sítio. Já nas garrafas, o mel é comercializado no varejo por R$ 28,00/kg.
Os clientes procuram pelo produto na casa do produtor na cidade de Pedrinha Paulista, e lhe dão preferência pela qualidade e pureza do produto ao qual são atribuídos inúmeros benefícios à saúde. O apicultor tem amigos que produzem mel na região de Echaporã, região favorecida por mais floradas do que apenas a da soja nos meses de novembro e dezembro.
“Como produzem mais em Echaporã eles vendem no atacado, mas para minha realidade a venda no varejo é bem mais compensadora”,
revela Iacobacci para quem a apicultura, mais que uma atividade extra, se tornou um hobby.