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Encontro promovido pelo Sicoob Credicitrus discute o poder transformador do cooperativismo de crédito na sociedade

Evento realizado essa semana em Bebedouro (SP) contou com 300 convidados e com palestras de representantes do Credicitrus, Sicoob, Bancoob, OCESP, Banco Central e Thymus Branding para debater o crescimento do cooperativismo financeiro.

A Sicoob Credicitrus, maior cooperativa de crédito do país com 82 mil cooperados e ativos totais de R$ 5,4 bilhões em outubro de 2017, promoveu no dia 21 de novembro, em Bebedouro (SP), onde está localizada sua sede, um evento nacional para discutir o crescimento e a importância do cooperativismo de crédito para a retomada da economia, intitulado “O Poder do Cooperativismo – Nosso Momento é Agora”. O encontro reuniu cerca de 300 participantes, entre eles representantes dos principais órgãos e entidades do segmento, lideranças e especialistas do tema no país em palestras que debateram o potencial transformador do cooperativismo financeiro na sociedade.

Marcos Lourenço Santin, vice-presidente do Conselho de Administração da Sicoob Credicitrus, abriu o evento destacando a importância do cenário atual do cooperativismo dedicado ao crédito no país.

“Vivemos um momento estimulante. O cooperativismo cresce e eleva sua importância na sociedade, levando benefícios a comunidades. Cooperar e compartilhar são palavras mágicas que têm o poder de transformar nossa sociedade hoje e para um futuro melhor”,

destacou Santin.

O sistema cooperativo de crédito no Brasil detém apenas 4% do mercado, mas vem crescendo e tem como meta atingir em breve a marca de 10 milhões de cooperados. Por isso, a instituição convidou alguns dos principais agentes do cooperativismo de crédito para discutir o cenário e suas tendências, entre eles Sicoob, Bancoob, OCESP e Banco Central (Bacen). O sistema é uma alternativa aos bancos tradicionais e oferece aos associados acesso aos principais produtos e serviços financeiros com vantagens como juros mais baratos e economia em tarifas.

Marcelo Martins, diretor de Tecnologia da Sicoob Credicitrus, ressaltou em sua apresentação o modelo de negócios proposto pelo cooperativismo como o único capaz de gerar e distribuir riqueza de forma meritocrática.

“O cooperativismo é um modelo centrado no ser humano, na conexão de pessoas com propósito comum de geração de prosperidade. E todos os recursos gerados a partir desse modelo permanecem na sua região de origem, distribuindo riqueza e criando empregos nas comunidades”,

afirmou Martins.

Na sequência, Henrique Castilhano Villares, presidente do Sicoob Confederação, maior sistema financeiro cooperativo do Brasil com cerca de 3,7 milhões de associados, falou sobre o posicionamento de destaque da instituição no mercado financeiro nacional. O Sicoob é hoje o 39º maior grupo empresarial privado do país, levando em conta as empresas de todos os segmentos, excluindo as estatais, segundo pesquisa da Revista Exame.

“Estamos assumindo posições que mostram que não somos mais pequenos. Há cinco grandes bancos que dominam 80% do setor. Estamos posicionados num segundo grupo, de bancos de tamanho médio no país. E nesse ambiente somos, por exemplo, o 1º colocado em depósitos totais, o 7º em patrimônio líquido, 8º em operações de crédito e 9º em ativos”,

informou Villares.

Marco Aurélio Almada, presidente do Bancoob – Banco Cooperativo do Brasil, falou sobre a importância do sistema de cooperativismo em conectar pessoas e inspirar negócios, além de destacar o papel fundamental da tecnologia e inovação para promover o crescimento do setor.

“O desenvolvimento tecnológico acelerado torna os modelos convencionais obsoletos. Temos que inserir cada vez mais tecnologia no ecossistema do cooperativismo financeiro. Já estamos fazendo isso apoiando startups, modernizando os canais para atender os cooperados em todas as plataformas e mostrando um modelo de negócio que muda o mundo para o melhor”,

destacou ele.

O encontro também contou com a apresentação de Edivaldo del Grande, presidente da OCESP – Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo, fundada em 1970, que elencou as ações promovidas pela entidade, valorizando a formação profissional, educação continuada e o intercâmbio técnico, além de outras atividades de educação intercooperativa realizadas pelas SESCOOP/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo.

A importância do cooperativismo para a inclusão financeira e a crescente relevância do segmento no sistema financeiro nacional foram destacadas pelos representantes do Bacen que participaram do evento. Harold Paquete Espínola Filho, do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições não Bancárias (Desuc,) abriu sua apresentação ressaltando o valor significativo das cooperativas para a inclusão financeira de uma parcela da população brasileira, residente em municípios que não são atendidos por instituições bancárias. E avaliou que, mesmo com o crescimento exponencial do cooperativismo financeiro, ainda há muito espaço para conquistar.

Cláudio Moreira, do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações de Crédito Rural e do Proagro-Derop, discutiu o futuro do crédito rural no país.

“Temos um modelo de 40 anos financiando o agronegócio. Tivemos sucesso até aqui, mas precisamos pensar alternativas para a captação de recursos. As cooperativas terão um papel importante nessa evolução”,

avaliou Moreira. Para finalizar o temário do encontro, o consultor Ricardo Guimarães, presidente fundador da Thymus Branding, mostrou como o cooperativismo pode ter um papel fundamental na sociedade contemporânea, difundindo valores como a intercooperação e a interdependência.

Dirigido a empresas e profissionais interessados no cooperativismo, cooperados, autoridades e lideranças setoriais convidadas, o evento teve como objetivo ser um marco na expansão desse setor, que alcança até 25% do mercado financeiro em alguns países desenvolvidos. A Sicoob Credicitrus, com 34 anos de atividades e rating A3, vem crescendo em São Paulo e no Triângulo Mineiro, totalizando 60 filiais, além de patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão, operações de crédito de R$ 2,5 bilhões e depósitos à vista, a prazo e LCA de R$ 3 bilhões, de acordo com balanço de outubro de 2017.

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