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Oportunidade para semear soja mais cedo no verão

Até quinta-feira (19) no WinterShow 2017, triticultores, recomendantes e mercado moageiro poderão encontrar as mais recentes tecnologias para o cultivo do trigo no Paraná

Começa na próxima terça-feira (17) o principal evento técnico-científico de cereais de inverno do Brasil, o WinterShow, em Guarapuava (PR). Entre os destaques de tecnologia agrícola para o trigo desta edição estão cultivares específicas para alimentação de gado de corte e de leite, trigos com ciclos mais curtos e uma cultivar específica para o mercado de biscoitos, ambas mais resistentes às condições ambientais e com maior potencial de produtividade e de qualidade. Essas cultivares foram desenvolvidas pela pesquisa da Biotrigo Genética como opção de cultivo para as próximas safras e estarão expostas em parcelas para aqueles que visitarem o estande da empresa durante o evento. Promovido anualmente pela Cooperativa Agrária Agroindustrial e pela Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), o WinterShow acontece até o dia 19 de outubro, das 8h às 18 horas, na Colônia Vitória, distrito de Entre Rios, Guarapuava/PR.

Uma das principais demandas do agricultor brasileiro é o melhor aproveitamento de sua área durante o ano inteiro. Na região fria do Paraná, por exemplo, há uma grande procura por materiais de ciclos mais curtos que possam antecipar a colheita do trigo e, por consequência, semear culturas de verão, como a soja, mais cedo. Outra oportunidade, especialmente nas regiões de transição onde o clima é um pouco mais quente, é inserir uma terceira cultura, como o feijão.

Para atender a estas demandas foram desenvolvidas duas cultivares de ciclos precoce e superprecoce: TBIO Audaz e TBIO Sonic. Segundo o gerente da Regional Norte da Biotrigo Genética, Fernando Michel Wagner, ambas foram desenvolvidas a partir das qualidades genéticas de TBIO Toruk, mas com uma vantagem: ciclos mais rápidos. As principais características da cultivar TBIO Sonic são a superprecocidade, o alto vigor, a produtividade e a resistência à diversas doenças, incluindo a bacteriose, recidiva na região centro sul do Paraná nos últimos anos. Nas regiões mais quentes, onde o trigo divide o espaço com milho de segunda safra no inverno, a cultivar se desenvolve em um período entre 15 a 20 dias mais curto que o TBIO Toruk, podendo fazer até três ciclos em um ano.
Já o TBIO Audaz tem um ciclo precoce, ou seja, cerca de 10 dias a menos que o TBIO Toruk. Apresenta boa resistência às principais doenças do trigo, como o complexo de manchas foliares, mosaico, brusone, giberela e bacteriose.

“A cultivar vem para colaborar tanto em força de glúten, quanto em panificação, assim como proporcionar um escalonamento da colheita”,

ressalta Wagner.

Gerente da Regional Norte da Biotrigo Genética, Fernando Michel Wagner

Trigo para pastejo
A alimentação animal também está sendo beneficiada com o melhoramento genético no trigo. Desenvolvida para atender o produtor de gado de corte e leite, a cultivar TBIO Energia I é um trigo sem aristas, portanto, não fere o trato digestivo do animal como os materiais de duplo propósito. O zootecnista da Biotrigo, Ederson Luis Henz, explica que o cereal dessa cultivar deve ser unicamente destinado para produção de silagem e pré-secado. “A cultivar de um corte só (sem rebrota), pode substituir até 100% o volumoso para gado de corte e 60% para vacas leiteiras, pois tem grande fonte de proteína e energia”, disse. Possui ciclo médio com corte precoce, o que permite a antecipação da cultura sucessora de verão e a produção de alimento para ser ofertado durante os períodos do ano de maior escassez. É indicada para a região Sul do Paraná e os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A cultivar está em multiplicação nesta safra e em 2018 já chega para os agricultores pecuaristas.

Já para o Norte do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, existe o TBIO Energia II.

“Ele tolera melhor o calor e se desenvolve num ciclo em torno de 20 dias mais curto do que o TBIO Energia I, o que possibilita diferentes manejos”,

explica. A cultivar chega ao mercado em 2018 para multiplicadores de semente e em 2019 para os pecuaristas.

Além dessas duas cultivares, a Biotrigo apresentou o Lenox, trigo exclusivo para pastagem. A cultivar, com bom manejo pós-pastejo, é capaz de superar 4 cortes com alta carga animal em um intervalo entre 20 a 25 dias em sistemas de pastejo rotacionado ou contínuo.

Portfólio Biotrigo
Na vitrine de tecnologias da Biotrigo no ShowRural também foram apresentados trigos para panificação, para biscoito e macarrão e outras oportunidades de cultivares de trigo convencional recomendadas para o cultivo no estado do Paraná com destaque para TBIO Consistência (específico para a produção de biscoitos), TBIO Toruk e TBIO Sossego.

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